sábado, março 17

E se agora eu desaparecesse, será que alguém dava pela minha falta?
Será que alguém ia ter saudades minhas?
Será que alguém ia dizer "eu até gostava dela.."?
Ou mesmo "nunca lhe mostrei o quanto gostava dela..."?

Tenho as minhas dúvidas...

4 comentários:

XR Cork Regenerative Culture disse...

(Amuada... a fazer beicinho e olhos de cão abandonado com lágrima ao canto)
"Então e Eu? Não sou alguém, não?"
(!!!)

Anónimo disse...

Pois, és. Mas admito que na altura também te incluí...

XR Cork Regenerative Culture disse...

sim.
e é normal que assim seja. se é que normal existe.
não há garantias. não há nada que não mude nunca.
e tu e eu, e eu e tu, falamos linguagens diferentes...
às vezes sinto-me estrangeira.
outras vezes sinto-me em casa.
isto dos gostares é muito complicado ou a gente complica ou não sei. talvez tudo um pouco.
uma pessoa gosta de outra, e a outra gosta da uma, mas nestas coisas há o que gostamos e como gostamos... mas ainda assim... muito mais que isso.
há o que gostávamos que o outro gostasse, o como gostamos de ser gostados, o que queríamos deseperadamente que o outro visse que ele não vê e aqueles cantos escondidos do labirinto onde a mão do outro não chega para nos ouvir e para se fazer ouvir também. o sentir não basta.
e tudo isto muda duplamente a todo o momento. e tudo isto não tem uma verdade única.
e não se pode ter vergonha de dizer isto tudo.
e é assim que eu o sinto.
e mesmo sem vergonha dá nó na garganta.
a amizade é uma aprendizagem e ninguém nasce ensinado. admito.
o sentimento cresce selvagem mas o resto tem que ser tratado como planta de estufa, i guess.
temos que nos ensinar uma à outra...
não sei de outra maneira.
lamento se te frustra e entristece.
mas não estás sozinha.
pergunto-me o que pensas, o que sentes, se te aborreces de morte.
às vezes apetece-me gritar contigo e pegar-te pelos ombros e abanar-te forte na tentativa de arrancar uma resposta, uma reacção. e sinto-me amorfa também.
eu gostava de assim, naturalmente, ver em ti o que falta por detrás das camadas que eu não vejo. e é tanto. mas ainda assim estou perto. mais perto do que julgas talvez. menos perto do que eu julgo, quem sabe.
mas não arredo pé.
porque cresceste dentro de mim.
não foi derrepente. foi de mansinho, como quem não quer a coisa. e fui vendo tanta coisa bonita. bonita porque tua, não porque sorridente sempre. aos poucos colonizou-me a alma.
e há tanto a descobrir.
e tu bem sabes que o sentimento não cabe nas palavras.
ou assim espero.
beijo.

Anónimo disse...

:´)