Não gosto de estudar. Não sei estudar. Nunca estudei realmente.
Sempre tirei boas notas. Sempre fui a melhor ou das melhores da turma. Até chegar à universidade.
Passei todos os 20 anos e meio da minha vida a ouvir a forma imperativa do verbo estudar repetida 100 vezes ao dia, de manhã, à tarde e à noite nas vésperas de cada teste, de cada exame, de cada merdinha de avaliação que fosse.
Acho bastante normal que a simples insinuação do início da palavra me erice os nervos todos desde o fundo da espinha até à raiz dos cabelos da nuca.
Dá vontade de fugir para os Himalaias, realmente dá. Ou para a Patagónia. Para onde for mais longe, para a viagem durar mais tempo. De preferência com companhia. Agradável.
Para aqueles que não acreditam, desenganem-se: Estou stressada. E algo que não acreditaria se não acontecesse comigo: É possível estar mais stressada no Alentejo que em Lisboa. Não apenas possível, é certo. E impossível de prevenir.
Quantos momentos desperdiçados neste fim de mundo...
domingo, junho 17
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